Segunda,25 de junho de 2012, 7h00
O dia começava com uma mensagem minha para o meu pai,após o jogo contra o Palmeiras:"Romarinho gênio".
A busca pela viagem começara um pouco antes,mas o ponto inicial foi esse.
Segunda, 25 de junho de 2012, 14h00
-Alô,pai?!
-Fala,Gu
-Eai?Não querendo ser muito chato,mas...e a viagem?
-Gu,estou fazendo o meu máximo,passei o final de semana inteiro ligando pra CVC...mas não sei se vai rolar...Estamos concorrendo com 11 mil pessoas,para 600 vagas...
-Quanto por cento de chance?
-Infelizmente em torno de 10%
-Ok pai...
Mesma segunda,25 de junho, 16h30
-Gu,boas notícias!Nossas chances aumentaram!
-O que??Como pai?
-Liguei para outra moça,que disse que estamos nessa...
-Portanto quarta-feira estaremos lá?
-70% Gu.
Algumas horas depois,segunda,25 de junho 19h00, meu pai me liga extasiado
-Gu,conseguimos!!!Vai rolar!
Entro em estado de euforia total,saio correndo pela casa gritando,emocionado.O sonho de qualquer corintiano,uma final de Libertadores contra o Boca Juniors, La Bombonera, iria se tornar realidade.
Semanas antes a busca pela passagem e pelo ingresso já começara,quando meu pai trocou alguns emails com os amigos que iriam juntos...
Em momento de desespero total,quando ninguém conseguia obter êxito,proclamou-se um verdadeiro "CADA UM POR SI",antes da confirmação da tão sonhada viagem.
Passou terça-feira,dia corrido,escola para mim,trabalho para o meu pai e para a turma...
Tentando me explicar ao professor o motivo de ter que faltar em pleno dia letivo com prova, parei pra pensar na maior loucura de minha vida...bate-volta,quarta faria check-in e quinta feira já estaria de volta a São Paulo.Preço quase o dobro de uma semana em Buenos Aires e por ai vai...
No aeroporto diversos meios de comunicação presentes,fomos abordados pela Globo,Sportv,etc...até eu fui entrevistado -com o nome trocado.
Chegou o momento então de conhecer os nossos colegas de viagem,pois era uma troca de emails,não nos conhecíamos pessoalmente ainda...
Vimos 3 homens gritando euforicamente em direção as câmeras."Pai,são eles!".E eram.
No nosso grupo a ilustre presença de Dan Stulbach,ator renomado da Globo,que mesmo podendo contar com alguns privilégios encarou a fila e a espera como todos que tentaram.
No avião,festa total,a aeromoça não conseguia completar uma palavra sem que um "Vai,Corinthians" fosse soltado.Corintianos transformaram um avião da Gol num dia de metrô cheio,em horário de ápice
Nas restantes arquibancadas da Bombonera,o estádio ia se enchendo cada vez mais,até que faltando uns 15 minutos para o início do jogo,a arena (podemos chamar assim?É um estádio sujo,fedido,sem limpeza e não tão bonito quando está sem os torcedores) estava completamente lotada.
Então a emoção tomou conta de mim;deslumbrado com a situação,observava cada detalhe do que estava por vir.
O Corinthians enfim entrou em campo e a Fiel tentou "chamar" cada nome dos jogadores,como de costume nessa Libertadores,porém mal foi ouvida.
Início de jogo,time extremamente bem,seguro,provocador(Sheik que o diga).Primeiro tempo perfeito.
Intervalo,15 minutos de descanso e o Boca Juniors entrou mais ligado,com os xeneizes apoiando,como de praxe.
O gol então veio,aos 27 minutos.O estádio enlouqueceu.O tempo ia passando e nós,corintianos,íamos nos conformando com o resultado,porque no Pacaembu a história seria outra.
Então veio a campo Romarinho...meu pai,profeta, nos disse que ele estava iluminado e que ia fazer o gol da vitória.
Aconteceu.Golaço.Tranquilidade.Explosão da Fiel, e aí chegou o melhor momento da viagem:La Bombonera quieta,ouvindo-se enfim o Bando de Loucos.
E viagem terminou como se iniciou;mensagem do meu pai para minha madrasta,sua mulher:"Romarinho gênio".
Então,como todo procedimento de bordo, começou a falar inglês..."Inglês?!Aqui é Corinthians!"
Chegamos a Buenos Aires - sem fuso - as 6 da matina.
Nos deparamos com uma greve de caminhoneiros em plena final de Libertadores da América,que parava toda Buenos Aires.Envolvendo isso,dois fatos curiosos:um grupo de corintianos achando algo que não era, se enfiou ali no meio e começou a cantar "Aqui tem um bando de louco",enquanto em outro ponto,um pouco mais distante,corintianos visivelmente alterados discutiam com caminhoneiros vestidos de verde.
Almoçamos então numa,diga-se de passagem, excelente churrascaria,onde confraternizamos com um grupo de torcedores do River Plate e seguimos,atrasados,para o hotel rumo a Bombonera.
Veio então o primeiro acidente do percurso.Nosso ônibus,devidamente equipado com um grande adesivo escrito CVC,como se quisesse mostrar "tenho ingresso,venham pegar de mim",parou em uma praça esperando o sinal positivo da polícia para seguir o trajeto.
Quando nos deparamos com membros de diversas torcidas organizadas que viajaram,porém sem ingresso.Ao invés de uma festa conjunta para mandar forças positivas para quem ia representar a nação lá,criou-se um stress,afinal os Gaviões,talvez até justamente, não queriam perder a viagem.Tentaram portanto,de uma maneira ou outra,"capturar" as entradas mais importantes dos 101 anos de história do Corinthians.
Passado o pequeno acidente de percurso,chegamos enfim a La Bombonera,todos emocionados.Cinco barreiras foram ultrapassadas até chegar às catracas.Então o mais emocionante.As milhares de escadarias sendo percorridas por outros milhares de corintianos até chegar ao ponto que todos batalharam para conseguir:o temido estádio do Boca Juniors.
E,de pouquinho em pouquinho,foram chegando mais corintianos,com certeza ultrapassando o limite que era de 2.500 torcedores.
E,de pouquinho em pouquinho,foram chegando mais corintianos,com certeza ultrapassando o limite que era de 2.500 torcedores.
Nas restantes arquibancadas da Bombonera,o estádio ia se enchendo cada vez mais,até que faltando uns 15 minutos para o início do jogo,a arena (podemos chamar assim?É um estádio sujo,fedido,sem limpeza e não tão bonito quando está sem os torcedores) estava completamente lotada.
Então a emoção tomou conta de mim;deslumbrado com a situação,observava cada detalhe do que estava por vir.
O Corinthians enfim entrou em campo e a Fiel tentou "chamar" cada nome dos jogadores,como de costume nessa Libertadores,porém mal foi ouvida.
Início de jogo,time extremamente bem,seguro,provocador(Sheik que o diga).Primeiro tempo perfeito.
Intervalo,15 minutos de descanso e o Boca Juniors entrou mais ligado,com os xeneizes apoiando,como de praxe.
O gol então veio,aos 27 minutos.O estádio enlouqueceu.O tempo ia passando e nós,corintianos,íamos nos conformando com o resultado,porque no Pacaembu a história seria outra.
Então veio a campo Romarinho...meu pai,profeta, nos disse que ele estava iluminado e que ia fazer o gol da vitória.
Aconteceu.Golaço.Tranquilidade.Explosão da Fiel, e aí chegou o melhor momento da viagem:La Bombonera quieta,ouvindo-se enfim o Bando de Loucos.
E viagem terminou como se iniciou;mensagem do meu pai para minha madrasta,sua mulher:"Romarinho gênio".