4 de mai. de 2013

De futebol e marxismo


Se tem alguma coisa que é capaz de acabar com diferenças sociais, étnicas, discernir ideais políticos e jogá-los no lixo, esse é o esporte.

Mais do que isso, ele é o grande responsável pela felicidade de muita gente. Sem ele, muitos perderiam esperança e até a graça de viver. É legítimo: hoje ele está, como sempre esteve, no cotidiano de todo mundo.

A variedade de modalidades é gigante. Temos esportes com bola, com bola pequena, grande, quase que invisível, temos sem ela, com luvas, etc. Portanto, pra você que é admirador, não há do que reclamar. A qualquer momento do dia, é possível sentar e apreciar o que o esporte fornece.

No entanto, existe uma modalidade que se destaca e é prioridade no mundo inteiro: o futebol. Não adianta discutir, elaborar ideias - mesmo que dignas e com bons argumentos - de que existe esporte mais apaixonante do que o jogado com a bola nos pés.

Duvido alguém me apresentar algum esporte em que o equilíbrio seja tão grande, mas tão grande, a ponto de deixar quase iguais as chances nas disputas entre equipes com supostas grandes diferenças técnicas.

O caso do Palmeiras deixa tudo mais explícito: a equipe, mesmo estando na segunda divisão, tem boas chances de passar de fase na Libertadores. Isso tudo ao mesmo tempo que foi eliminado no Paulistão e passa por uma crise, já que não está na elite do futebol brasileiro.

No entanto, ao pensar na trajetória do Verdão na competição, ninguém ousa afirmar que eles não são capazes de seguir adiante; muito pelo contrário: eles possuem inclusive mais chance que Corinthians e São Paulo, ambos pertencentes à primeira divisão.

E qual é a explicação para tudo isso? Não existe. É o futebol.

É o esporte que possibilita o sucesso repentino e o fracasso logo em seguida. As equipes não têm muito tempo para desfrutar de suas glórias, pois depois já estarão concentrados na próxima partida - que pode também ser decisiva.

Hoje, o Corinthians é campeão mundial. Amanhã pode ser eliminado no Paulistão e na quarta seguinte, da Libertadores.

E que os outros esportes sintam inveja, porque só o futebol proporciona coisas como essa.

Isso tudo é pensado em você, torcedor. É para que o seu time, mesmo em má fase, possa se recuperar - e você, voltar a sorrir.

Parabéns futebol, por estar há mais de 100 anos mobilizando o mundo.

E por que escrevi esse texto? Porque amanhã é aniversário do Karl Marx.

O que isso tem a ver? Nada.

Mas o blog é meu, então vez ou outra escrevo algo que muita gente pode achar bobagem, mas não é - como o futebol.

1 comentários:

Anônimo disse...

Realmente,frustrando essa equiparação entre Marx e Futebol.Quando o próprio pensador acredita que o esporte é um ópio social e você uma marionete dele.
Parabéns pelo seu texto medíocre.Acorda pra vida e saia dessa letargia quando senta no sofá a fim de assitir a espetacularização do que não quer se ver.