4 de abr. de 2013

Mau hábito hermano


O erro começa quando a polícia militar é colocada dentro de um estádio de futebol;

Se agrava quando os soldados entram em campo para defender o juiz de possíveis agressões;

E fica pior ainda quando policiais e jogadores saem na pancadaria.

A cena – comum, aparentemente, para equipes argentinas que participam da Libertadores - foi vista ontem, no jogo entre Atlético Mineiro e Arsenal de Sarandí.

Pudera, a equipe hermana se revoltou, primeiramente, com as goleadas sofridas nas duas partidas da fase de grupos - ambas por 5 a 2. Como bons - ou maus - perdedores, acusaram o juiz de ser o grande responsável pelas derrotas.

E deu no que deu. A polícia militar realmente pensou que os jogadores partiriam para a agressão... então o batalhão, naquele jeito amigável que qualquer torcedor que frequenta estádios conhece, revidou a provocação dos argentinos.

Apenas uma pergunta: o que faz um policial com uma arma dentro de campo? Para proteger árbitro, jogador, seja quem for, é necessário fuzil ou algo do gênero? Eles estão lá para zelarem pela ordem; a violência tem que ser o último recurso, e não o primeiro.

Mas não foi isso que se viu. A confusão se instalou. Socos, pontapés, arremessos de objetos... e foram parar na delegacia. Como manda a lei, qualquer agressão contra autoridades deve ser punida com prisão. Mas o que aconteceu? Nada.

A equipe argentina pagou uma pequena multa e ficou por isso mesmo. A essa altura, eles já devem estar de volta a sua cidade treinando para a próxima partida - muito provavelmente, mais uma derrota, diga-se de passagem.

Enquanto isso, arcamos com as consequências aqui no Brasil. Reclamam - talvez com razão - da polícia, das atitudes das autoridades locais, da organização da partida, etc.

E os hermanos? Nem aí. Afinal, para eles, brigas como essa são totalmente normais.

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