Um elenco repleto de estrelas deve ter, sem dúvida alguma, problemas de relacionamento.
Na teoria, essa tese é dada como certa em quase todos os casos. No entanto, Tite faz com que ela não migre para a prática.
Chega a ser impressionante a forma que o treinador do Corinthians comanda seus atletas. Ao mesmo tempo que ele barra alguns medalhões, não deixa com que o clima se perca dentro dos vestiários.
Extremamente respeitado pelos seus jogadores, Tite sempre prega o merecimento. Quem estiver em melhor fase técnica, jogará. Não importa se você seria titular em qualquer equipe do mundo; se você não mostrar bom desempenho, não fará parte dos 11 do time alvinegro.
Parece simples, mas não é. O São Paulo, por exemplo, vive uma fase conturbada justamente por esse "estrelismo" apresentado pelos jogadores de Ney Franco.
Hoje, contra o Linense, o comandante do Corinthians deixou Alexandre Pato e Chicão no banco. O resultado foi a derrota, quem sabe em decorrência da falta do camisa 7, mas ninguém ousou contestar. O respeito é mútuo e a confiança em seu trabalho é geral - tanto nas arquibancadas quanto dentro de campo.
No entanto o sucesso não é de hoje. O Corinthians colhe frutos com o Tite por méritos da diretoria. Em 2011 o Timão foi eliminado na Pré-Libertadores, mas quebrou paradigmas e o treinador foi mantido no comando.
Não tenho dúvida de que, em caso de eliminação são-paulina na quarta, Ney será demitido sem pensar duas vezes. Dessa maneira, fica complicado dar sequência ao trabalho. O novo treinador chegará, errará - assim como qualquer ser humano - e será novamente demitido. E assim sucessivamente.
Se as diretorias não se mexerem e mudarem seus ideais, as equipes não avançarão. E tem exemplo mais forte do que o atual campeão mundial?
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