Em apenas um dia um total de 6 medalhas de ouro foram conquistadas pela Grã-Bretanha.
Dessas 6,metade delas em provas de atletismo.
Fruto de uma boa preparação pré-Olimpíadas,Greg Rutherford,que bateu Marcus Vinicius da Silva,o "Duda", Mohamed Farah e Jessica Eniss foram campeões nas provas de salto em distância,10.000m e heptatlo,respectivamente.
Eis então a pergunta:o fato da Olimpíada ser em Londres influencia o resultado dos atletas?Respondo com absoluta certeza que sim.Eles tinham uma pressão maior e com base nisso se prepararam mais para fazer história; o feito de 6 medalhas douradas por atletas britânicos em apenas um dia não acontecia desde 1909.Contavam a cada prova,ainda,com apoio da torcida,que impulsionava seus atletas a vitória.
Se comparado a Pequim 2008 a Grã-Bretanha tem uma melhora impressionante.Com apenas metade dos Jogos completados,o país já acumula 11 medalhas de ouro,contra 19 no total em Pequim.
É impossível,portanto,não parar para refletir no que será 2016,quando os Jogos chegarão ao Rio de Janeiro.O número de medalhas certamente subirá e se levarmos em conta as revelações que neste ano não ganharam medalha por falta de experiência ou por um trabalho psicológico mais efetivo podemos até dobrar a quantidade;desde os meninos do judô,como Rafaela Silva,Mayra Aguiar,Sarah Menezes e Felipe Kitadai(os últimos 3 medalhistas esse ano mas que podem manter ou subir de degrau no pódio) até Sergio Sasaki,Arthur Zanetti(que ainda disputa a final) e Jade Barbosa,todos da ginástica.Ainda podemos acrescentar "Duda",promessa do salto em distância,as novas gerações de esportes coletivos e a natação,com Bruno Fratus e Thiago Pereira, que apesar de experiente conta com fôlego para mais uma Olimpíada.
Sem esquecer também que o Brasil vai ser país-sede e vai ter garantido algumas classificações...quem sabe não brota um novo super talento que vai despontar como medalhista de ouro?
E os medalhões então?Cesar Cielo pode ainda disputar os jogos de 2016,assim como Fabiana Murer,Diego Hipólito(?!) e quem sabe até Maurren Maggi.
Técnica o Brasil tem de sobra,porém ainda peca no fator psicológico.Apesar de ter o impulso de se disputar uma Olimpíada em casa,há a pressão maior justamente por esse fato - o de se disputar no próprio país.
Quanto à organização,os jogos do 2016 são uma incógnita.Ainda não ouvimos falar de nenhuma obra sendo sequer iniciada,tendo em vista que 2 anos antes uma Copa do Mundo vai ocorrer,com a final no Rio de Janeiro.
Acabo me prolongando um pouco no assunto Rio,que ainda tem muito a ser debatido.Penso em coisas extremamente positivas em termo de medalhas,mas ao contrário em termos de organização.
Volto ao tempo presente.A torcida inglesa entrou em delírio hoje ao ver a queridinha do país Jessica Eniss conquistar a sonhada e merecida medalha.Um pouco depois era confirmada a vitória de Greg Rutherford no salto em distância e dali alguns minutos o naturalizado inglês Mohamed Farah cruzava a linha de chegada com domínio sob seus adversários,para fechar o segundo dia de atletismo,abrindo de vez o cadeado.
A senha é uma fórmula simples: 3(atletismo) + 2(remo) + 1 (ciclismo).Aberto o cadeado a Grã-Bretanha continua em busca de mais medalhas,para,quem sabe, abrir e expandir esta senha antiga que contava há 4 anos com 19 dígitos.
O desempenho da Grã-Bretanha então serve de exemplo,mas também de atenção,ao que o Brasil pode vir a fazer em 2016.
5 de ago. de 2012
Um espelho para 2016
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário