3 de mar. de 2013

Festa sem gente



O Rio de Janeiro e o Brasil, de modo geral, são mundialmente conhecidos pela sua alegria no jeito de viver. A Cidade Maravilhosa é frequentemente citada como a capital mundial da felicidade, do Carnaval e do samba, e do futebol.

No Carnaval, a festa é completa. A "torcida" sempre está presente e enche o sambódromo de gente. A felicidade predomina onde o foco principal é o samba.

No futebol, a tendência é ser a mesma coisa: estádios lotados e alegria vindo das arquibancadas. No Rio, porém, parece que falta algo para que a torcida realmente se anime e lote os estádios.

A média de público dificilmente passa dos 5 mil presentes e, mesmo que em clássicos, a torcida não comparece em massa. Ontem e hoje, por exemplo, nas semi-finais da Taça Guanabara, os jogos tiveram cerca de 15 e 17 mil presentes, respectivamente. Para ter uma ideia, em Belém, na final entre Paysandu e Remo, marcaram presença 40 mil pessoas.

Os cariocas alegam a distância do Engenhão para o centro da cidade e o preço dos ingressos. Na realidade, pouco importa. Fanático que é fanático dá sempre um jeitinho e vai prestigiar seu time de coração. Não estou dizendo, de forma alguma, que os torcedores cariocas não sejam fanáticos. Mas que falta gente, falta.

Muito da pouca quantidade de público vem da péssima organização dos Campeonatos Estaduais, que enche a tabela de jogos sem importância. Apesar disso, não é justificativa. A maior prova que dá para colocar um bom público em jogos "pequenos" é o Corinthians, que tem em média 25 mil pessoas por jogo no Paulistão.

Se o Flamengo é detentor da maior torcida do mundo, deixa - e muito - a desejar em média de público. Nesse caso, é possível generalizar: as torcidas do Rio de Janeiro não estão comparecendo.

Uma lástima para uma cidade tão rica em termos de folia. Afinal, futebol também é festa. E festa sem gente, não é nada.


      

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